O MINISTÉRIO DO TRABALHO E SUA NOMEAÇÃO

Enfim, vamos nos posicionar acerca do caso Cristiane Brasil e seu ministério. Sim, seu, afinal já foi nomeada. A posse, em que pese ser uma burocracia necessária, resta debatida pelo judiciário.
Bem, a situação da Deputada, não é diferente daquela em que se encontram milhões de brasileiros, e que poderão se encontrar os outros milhões.
Como já dizia Pontes de Miranda, o judiciário o local exato para se resolver problemas. E no caso, houveram ações trabalhistas, que são problemas, e que foram resolvidas pelo judiciário.
Não se pode exigir que o cidadão, o qual pode ocupar cargo como o de ministro, não tenha tido em seu curriculum qualquer problema no judiciário, seja qual for a especialidade.
E ao que me parece, a ilustre parlamentar já efetuou os pagamentos devidos, em que pese não ter concordado com as decisões judiciais.
Não há no ordenamento, seja ele constitucional, seja ele ordinário ou extraordinário, qualquer proibição de que, um ministro tendo tido ações em seu desfavor, não possa tomar posse em sua pasta.
Está-se falando aqui, de legalidade, não de moralidade.
O país vive um momento em que, o cidadão confunde a legalidade com a moralidade. Obviamente, em estando com essa situação em sua vida curricular, a parlamentar deveria ter se escusado de comandar a pasta do trabalho, afinal, todas as ações ali desenvolvidas, o serão em favor do labor.
Essa atitude, além de louvável, seria efetivamente moral, deixando o cidadão mais confortável em razão do que vem ocorrendo no país.
Mas, essa confortabilidade, seria tão somente para massagear o ego do brasileiro, que prefere se preocupar com o que resta evidenciado na mídia, ao invés de analisar as possibilidades do futuro ministro, e sua habilidade técnica. E vejam bem, não estou afirmando que seja a parlamentar, profissional técnica na área.
Mas não podemos manter essa postura. Necessário fazer com que o país ande à frente, não fique estagnada, aguardando posições que agradem à população, somente para agradar.
A nomeação é legal, e também é moral. O que não se mantém moral, é a postura da parlamentar em aceitar a pasta.
E finalizando, mais grave ainda, a postura do governo, que gasta tempo e dinheiro, tentando garantir a manutenção de sua decisão junto ao judiciário, que foi, de forma equivocada provocado, para dirimir um tema que não lhe diz respeito.
Logo, as instituições estão se confundindo, se digladiando, para garantir a satisfação da população, que se torna plateia desse infeliz circo, o qual se tornou nosso Brasil…

Que possamos refletir melhor em outubro…